cancelar
Mostrando resultados para 
Pesquisar então 
Você quer dizer: 
cancelar
Mostrando resultados para 
Pesquisar então 
Você quer dizer: 

Programa Technology Preview 2024:
Domine o poder dos novos recursos e ajude a criar o futuro da tecnologia BIM

HBIM no Archicad - Modelagem e fluxos de trabalho

Rita Gurjao
Community Manager
Community Manager

Este artigo foi criado por dois Treinadores Certificados Graphisoft Brasil 2023!

 

Convidamos os Treinadores Certificados da Graphisoft Brasil para compartilhar dicas e truques no Archicad. Neste artigo, vamos aprender com os sócios @Marina Moreira e @Vagner Damasceno dicas de modelagens e fluxos de trabalho para desenvolver projetos HBIM no Archicad.

 

Obrigada por compartilhar seu conhecimento com outros usuários apaixonados pelo Archicad.


Gostaríamos de relatar um pouco da nossa experiência e da nossa evolução no uso do Archicad e dos processos de melhoria e adaptação do software em modelos para a elaboração de projetos de intervenção no patrimônio histórico, respondendo a pergunta que surge ao iniciar um novo projeto: como desenvolver as ideias e a proposta dentro da metodologia BIM?

 

Entre 2018 e 2020, colaboramos com o escritório Domo Arquitetura Engenharia e Projetos Culturais, localizado em Salvador - Bahia, com um desafio interessantíssimo de responder a esse questionamento, o que nos abriria, posteriormente, caminhos para outros trabalhos similares com o desenvolvimento de projetos de intervenção em patrimônio histórico e urbanístico em software BIM.

 

Nesse período, recebemos o levantamento cadastral (em arquivos dwgs) de dois sítios históricos existentes no estado da Bahia: O Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, com a fábrica de moer cana-de-açúcar, a Casa Grande e Capela e devido entorno em Candeias - Bahia e o Convento e Igreja de Santo Antônio em Cairu - Bahia.  O primeiro desafio foi interpretar e modelar, com poucas plantas e cortes,  os sistemas construtivos dessas edificações, de modo a reproduzir um modelo com maior fidedignidade ao real construído

 

A representação bidimensional muitas vezes suprime informações as quais em uma modelagem dentro de um software BIM jamais podem ser negligenciadas. Por conta disso, foram necessárias diversas visitas aos sítios para realização de cadastros complementares e fotografias específicas de locais não documentados. Como por exemplo, vistorias e documentações dos entreforros do Convento de Cairu, importantes para avaliação técnica das estruturas de cobertura e o levantamento de medidas e fotografias para completar as informações dos guarda-corpos da Casa Grande, fundamentais para o tratamento restaurativo e possível criação de novos elementos a partir da releitura projetual dos existentes. Esses problemas atualmente são atenuados com a adoção do levantamento por laser scanner e a geração da nuvem de pontos do edifício existente.

 

IMAGEM 1.jpg     IMAGEM 2.jpg

 

O prazo de entrega curto e uma equipe pouco experiente na utilização do software adicionaram mais emoção ao desafio que estávamos a encarar. Para contornar essa curva de aprendizagem, tivemos que tomar algumas decisões como dividir a equipe a partir das experiências dos usuários. Um grupo ficou responsável em executar o mapeamento de danos no software 2D; outro em iniciar o modelo no Archicad com as ferramentas que vedam o edifício, como paredes, lajes e coberturas; e, outro grupo modelou as folhas personalizadas para serem aplicadas às portas e janelas no modelo principal.

 

Em novos projetos resolvemos a situação da representação do mapeamento de danos através da ferramenta Morph, já que pode ser representada cortada em planta, junto com a possibilidade de adicionar propriedades dentro do próprio modelo, sem precisar utilizar um outro software. Assim, conseguimos registrar todas as informações e extraí-las a partir dos Mapas Interativos do Archicad.

 

IMAGEM 3.jpg           IMAGEM 4.jpg

 

Para que a intervenção das paredes e colunas ficassem o mais evidente possível achamos importante criar uma planta chave que demonstrasse a partir de cores diferentes os seus materiais de construção, uma representação facilmente alcançada a partir do Filtro de Vista de Combinação de Regras de Sobreposições Gráficas.

 

IMAGEM 5.jpgIMAGEM 6.png

 

Cabe ressaltar que para a modelagem desses elementos foi muito utilizado os métodos de geometria trapezoidal e poligonal da ferramenta Parede e o Perfil Complexo na ferramenta Pilar, fundamentais para o registro dos ambientes esconsos muito recorrentes nos edifícios históricos.

 

IMAGEM 7.jpg

 

A modelagem das esquadrias foi uma etapa muito importante para a atribuição das características geométricas pertinentes ao edifício existente.  O processo na época foi  facilitado graças à possibilidade de adicionar folhas personalizadas às Portas e Janelas (itens de bibliotecas nativos) e propriedades de textos que foram, posteriormente, extraídas em tabelas através dos Mapas Interativos e encaminhados à carpintaria para a execução da restauração.

 

IMAGEM 8.jpg

                                                           IMAGEM 9.jpg

 

Na época, os projetos foram desenvolvidos na versão 21 do Archicad. Uma versão com muitos avanços que favoreceram a modelagem das escadas e guarda-corpos dos edifícios. Porém essas facilidades não foram alcançadas para as colunas, onde era necessário modelar capitéis e embasamentos com dimensões diferentes.

 

Em versões posteriores, identificamos que essas melhorias foram obtidas, tornando o processo mais rápido e mais condizente com as realidades construtivas. Por essa razão, percebemos a importância de acompanhar os aperfeiçoamentos que ocorrem no Archicad e como as experiências anteriores contribuem para que o aprendizado seja um processo frequente durante a construção do modelo e do projeto.

 

IMAGEM 10.jpgIMAGEM 11.pngIMAGEM 12.jpg


Sobre os autores:

 

Marina Moreira.jpgMarina Moreira I @Marina Moreira 

Arquiteta e Urbanista, especialista em Design de Produtos e mestranda em Projeto Integrado na Construção de Edifícios, pela Universidade do Porto. Ela também é treinadora certificada da Graphisoft e BIM Manager, tem experiência com projetos de arquitetura e urbanismo e com modelagens de edifícios históricos. Colaborou com escritórios em Salvador, e atualmente é a nossa ponte com Portugal.

 

 

Vagner Damasceno.jpgVagner Damasceno I @Vagner Damasceno  

Arquiteto e Urbanista, mestre em Desenvolvimento Urbano. Treinador certificado da Graphisoft e BIM Manager, colaborou com diversos escritórios em Salvador e em Recife, atuando com projetos de interiores, arquitetura e urbanismo e com gestão de projetos em BIM. É também professor na Universidade Federal da Bahia e do Senai Cimatec.

Ainda tem dúvidas?

Confira outros conteúdos na nossa Comunidade

Continue navegando

Últimas soluções nos nossos fóruns

Perguntas resolvidas