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Métodos e estratégias para criar novos objectos no Archicad

Marina Moreira
Impulsionador(a)

No desenvolvimento de projectos em Archicad, é comum incorporar objectos 3D que não estão disponíveis no formato nativo do software. Felizmente, existem métodos eficazes para converter e optimizar esses objectos, garantindo que se integrem perfeitamente no modelo.

 

Neste exemplo, o foco é o modelo de uma torneira da Hapa Design, disponível online no formato .STEP com 983 KB. Como o Archicad não suporta directamente este formato, foi necessário recorrer a um programa intermediário para converter o ficheiro para um formato compatível, como o .STL.

 

https://hapa.design/product/curve-spout-single-lever-basin-tap/https://hapa.design/product/curve-spout-single-lever-basin-tap/

O processo de conversão incluiu a abertura do ficheiro no programa eDrawings, seguida da exportação do modelo no formato .STL, resultando num ficheiro com 930 KB. Em seguida, o ficheiro .STL foi aberto no Archicad, onde o modelo foi transformado num Morph e guardado como objecto, gerando um item de biblioteca com 3,9 MB.

 

Após reduzir a quantidade de segmentos do Morph, o tamanho do ficheiro foi reduzido para 3,5 MB. No entanto, mesmo com essa optimização, o ficheiro permaneceu relativamente pesado, o que pode comprometer o desempenho do projecto, especialmente se o objecto for repetido múltiplas vezes.

 

Em muitos casos, a solução mais eficiente passa pela remodelação do objecto com base nas informações técnicas fornecidas pelo fabricante. No caso da torneira da Hapa Design, além do modelo 3D, o fabricante disponibilizou desenhos técnicos detalhados, o que facilita a recriação do objecto de forma optimizada.

 

Imagem.png

 

No Archicad, existem diversas ferramentas para a modelação de novos objectos, cada uma com as suas vantagens e desafios. Nos artigos abaixo, exploramos algumas dessas possibilidades:

 

Novo objecto com as ferramentas de modelação

Novo objecto utilizando o Library Part Maker (LPM)

Novo objecto pelo Param-O

Novo objecto a partir do GDL

 

Conclusão

 

A experiência de modelar a torneira da Hapa Design utilizando diferentes métodos no Archicad permitiu uma análise detalhada das vantagens e desvantagens de cada abordagem. Entre os métodos testados, o Geometric Description Language (GDL) destacou-se como a solução mais eficiente em termos de tamanho de ficheiro, com menos de 10 KB, o que é significativamente menor em comparação com os outros métodos. Essa leveza é crucial para o desempenho do projecto, especialmente quando o objecto é repetido múltiplas vezes, pois reduz o impacto no tamanho total do ficheiro do projecto.

 

imagem.png

 

Além disso, o objecto criado com GDL é totalmente parametrizável, o que significa que pode ser facilmente ajustado e evoluir ao longo do tempo, adaptando-se a novas necessidades ou especificações. Essa flexibilidade é uma das grandes vantagens do GDL, permitindo que o objecto seja aprimorado continuamente sem a necessidade de recriá-lo do zero.

 

Outro aspecto importante é a capacidade de controlar a quantidade de polígonos do objecto através do comando RESOL, que define a resolução das curvas. Isso permite ajustar o nível de detalhe do objecto conforme necessário, aumentando ou reduzindo a quantidade de polígonos para equilibrar desempenho e qualidade visual.

 

No entanto, para aproveitar ao máximo as potencialidades do GDL, é essencial estudar e compreender a linguagem. O GDL oferece um controle preciso sobre a geometria e a parametrização dos objectos, mas exige um conhecimento mais aprofundado dos processos de modelação e scripting. Investir tempo no aprendizado do GDL não só permite criar objectos mais eficientes e personalizáveis, mas também abre portas para explorar funcionalidades avançadas do Archicad.

 

Método

Tamanho do ficheiro Quantidade de polígonos - OVM completo Vantagens Desvantagens
Modelação com ferramentas nativas 46 KB 1.096 Fácil modelação;
Precisão geométrica.
Dependência de bibliotecas;
Representação 2D simbólica.
Library Part Maker 565 KB 523

Responde ao OVM;

Menos polígonos.

Exige modelação em três níveis de detalhe.
Param-O 47 KB 1.081 Flexível e parametrizado;
Permite operações de interseção, união e diferença.
Processo trabalhoso; 
Não responde ao OVM.
GDL < 10 KB 1.095

Objeto super leve;

Altamente personalizável;

Parametrização avançada;

Responde ao OVM;

Permite redução de polígonos.

 Domínio do GDL.

 

Em resumo, cada método de modelação tem o seu lugar, dependendo das necessidades do projecto e do nível de conhecimento do utilizador. No entanto, o GDL destaca-se como a opção mais versátil e eficiente, especialmente para objectos que precisam ser leves, parametrizáveis e adaptáveis. A capacidade de evoluir o objecto ao longo do tempo, aliada ao controle sobre o tamanho do ficheiro e a quantidade de polígonos, faz do GDL uma ferramenta poderosa para quem busca optimização e flexibilidade nos seus projectos.

 

Sobre a autora

 

Arquitecta e Urbanista, especialista em Design de Produtos e mestranda em Projecto Integrado na Construção de Edifícios, pela Universidade do Porto. Já foi formadora certificada da Graphisoft e BIM Manager, com experiência em projectos de arquitectura e urbanismo, bem como na modelação de edifícios históricos.

 

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